PARTE 1. BREVE ENSAIO

 

O EXTENSIONISTA RURAL E A FRONTEIRA A SER DESCOBERTA: CONSULTOR DE NEGÓCIOS RURAL

 

1. -À GUISA DE INTRODUÇÃO

 

A proposta deste breve ensaio não é inovadora para o processo de elaboração de programas para a capacitação profissional(1 ) da mão-de-obra ligada às áreas industrial e de serviços. Mas, quando se fala em treinamento e desenvolvimento (T&D) para o extensionista rural, na busca de um modelo que concilie o negócio rural - resultados a atingir -, com a contribuição social para a construção da Cidadania, durante as suas ações de trabalho, ela se torna fundamental para o crescimento pessoal do profissional como também para o setor da economia.

 Há que se considerar que novos tempos estão chegando e com eles novas exigências de competitividade frente às Universidades, que hoje reavaliam as suas práticas de convivências com as comunidades.

A democratização do debate e do consenso da indissociabilidade do ensino, pesquisa e extensão (2 ) torna fundamental a participação ativa e renovadora da Universidade na busca da superação dos problemas sociais.

 Buscar soluções também reflete a preocupação em estabelecer os alicerces das relações de reciprocidade entre Universidade e Sociedade - que serão submetidas a um intenso trabalho de discussão e de negociação.

Rumar aos resultados requer um esforço contínuo em estabelecer um perfil de eficiência no trabalho de ensino, pesquisa e extensão rural. Eles compatibilizam interesses, trocas de competências e ajustamento gradual das diferenças de parâmetros culturais, éticos e empresariais na melhoria da qualidade de vida.

 

1 - O termo capacitação profissional é utilizado como sinônimo de treinamento e desenvolvimento, conforme LUCENA, Diva Maria da Salete. 1990. P. 7-11

2 - Documento produzido pelo Fórum Nacional de Pró-Reitores de Extensão das Universidades Brasileiras, apresentando as linhas gerais e estratégicas do Programa Nacional Temático de Fomento à Extensão das Universidades Públicas Brasileiras - UNIVERSIDADE CIDADÃ. 1998. Pp. 2-4.

 


Como se pode verificar, o desafio é tentador para todos os profissionais que lidam com a formação, treinamento, desenvolvimento e especialização dos profissionais de extensão rural que desejam mudanças qualitativas e quantitativas no processo de produção e difusão de ciências e tecnologia para a gestão de negócios rurais.

É impossível propor um programa de treinamento e desenvolvimento para extensionistas rurais sem avaliar profundamente o "status quo"vigente e acumulado ao longo da história da extensão rural. (3 )

A partir deste contexto, o treinamento e desenvolvimento poderá ser definitivamente dimensionado, obtendo-se uma visão de organização do trabalho rural em diferentes aspectos, tais como: aumento da produtividade, racionalização de produção e formação profissional.

 

 

 

3 - BORDENAVE, Juan E. Diaz, a primeira tentativa de informação agrícola no Brasil data de 13 de setembro de 1899, com a promulgação da Lei n. 676, que reorganizava a Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo. 1983. P.23


 

A influência das práticas de assistência técnica que deram origem à EXTENSÃO RURAL, parte, principalmente das experiências norte-americanas (EUA) com as sociedades agrícolas formadas pelas famílias, em áreas bem definidas. A criação dsa Escolas/Colégios Agrícolas deu-se a partir das Leis Morrill (1862), Hatch (1887 e Smith (1914).

Em 01 de dezembro de 1948, é fundada a Associação de Crédito e Assistência Rural de Minas Gerais, conveniada com a American International Association (AIA) que em 1956 já estava instalada em 150 municípios. O mesmo modelo foi ampliado em 1954 para o nordeste, em Recife e, posteriormente em 1956 para o Paraná. Com a Lei 6.126 de 6 de novembro de 1974 foi criada a EMPRESA BRASILEIRA DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO RURAL - EMBRATER. Em 1975 a ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CRÉDITO E ASSISTÊNCIA RURAL - ABCAR deu o seu lugar para a EMBRATER. Novas parcerias foram criadas com inúmeras instituições: Instituto Interamericano para Assuntos da América (IIAA), Escritório Técnico de Agricultura Brasil-Estados Unidos (ETA) dentre outros.

 


1.2. EXTENSIONISMO RURAL - UM ENFOQUE DE MUDANÇAS.

 

Durante a história do extensionismo rural poderemos observar sua importância no desenvolvimento econômico e social no processo de modernização da agricultura, em seu movimento de modernização consevadora. A partir da segunda metade da década de 1960, o Estado direcionou-se para esse movimento, alavancando mudanças significativas no cenário dos negócios do meio rural brasileiro.

Conforme salienta Barros (1968), a modernização do setor agrícola deve estar associada às qualidades pessoais dos recursos humanos envolvidos na aquisição de conhecimentos técnicos e administrativos do processo de produção.

Em seus estudos, Sorj (1980) aponta que a modernização do setor agrícola busca a interação com o ambiente empresarial no atendimento às necessidades do abastecimento do mercado interno e de exportações. 

Neste sentido, torna-se vital o treinamento e desenvolvimento do extensionista rural, abordada por Schultz (1965), na qual a transformação da agricultura tradicional em agrícultura tecnificada apresenta o viés da capacitação profissional da área rural nas mais diversas fases do processo de produção. 

Visto por esse prisma, o ensimo e o aprendizado do extensionista rural passa ao longo do tempo por uma dinâmica de mudanças que a universidade deve acompanhar e contribuir para a transformação e incorporação de práticas gerenciais que visem o treinamento dos profissionais rurais. 

Segundo Katz (1970), o comportamento administrativo dos gerentes influi decisivamente na solução de problemas no dia-a-dia de suas atribuições. Para Muller (1982), a produção agrícola deve estar incorporada a um certo montante de bens de capital sem o qual a produção seria rapidamente colocada sobre vários impasses gerenciais. 

Assim, surge o desafio gerencial da racionalidade - visão globalizada da participação ativa do extensionista rural na formação da equipe de trabalho em bases de reciprocidade de intenções e ações, como verdadeiros parceiros de mudança. 

É preciso encorajar o extensionista rural a tornar-se um Consultor de Negócios Rural. ;E necessário que surja uma profunda conscientização a respeito do seu papel profissional, que ele tenha clareza sobre o ambiente de trabalho e sobre a imprevisibilidade dos mercados agrobusiness.(4

Para conhecer uma unidade de produção agrícola se faz necessário garantir a coerência de três níveis de informação, segundo Souza et ali (1988): a peculiaridade do tempo da produção, a irreversibilidade do ciclo produtivo e os inerentes de produção

O Consultor de Negócios Rural não só ensina como se deve administrar o investimento de capital, planejamento e controle da produção, mas principalmente, como se deve administrar pessoas. Essas pessoas, os produtores rurais, ao desempenharem as tarefas e apresentarem resultados diários, garantem a sobrevivência e o sucesso do trabalho rural. 

Partindo desse argumento, Souza et ali (1986), abordam a importância do planejamento como uma ação estratégica gerencial para alcançar os objetivos em todas as áreas produtivas. 

O extensionista rural já desempenha as atividades de Consultor de Negócios Rural a cada momento do dia de trabalho no campo; ao organizar o lógico com o ilógico; ao harmonizar a tecnologia que está chegando com os processos tradicionais existentes nas áreas de produção da propriedade rural. 

 

 

 

4 Agrobusiness - um sistema integrado de negócios pesquisa, estudos, ciências, tecnologia e informação desde a origem vegetal/animal até produtos finais com valores agregados. 

 


O diagnóstico das necessidades de mudança identifica com propriedade os fatores endógenos e exógenos do processo lento e gradativo que conduz o extensionista rural a rumar para os desempenhos do Consultor de Negócio Rural.

O somático deste conjunto de desempenhos incorporados ao longo de sua prática de trabalho, representam uma evolução na gestão dos negócios rurais e derrubam alguns mitos dos "cordéis invisíveis", que sempre anunciavam o extensionista rural como promotor de políticas públicas para o campo.

A ascensão do extensionista rural para Consultor de Negócios Rural reúne instrumentos como a análise das estruturas de reforma agrária, trabalho rural e transferência de tecnologia em seu entorno social.

Neste contexto, o Consultor de Negócios Rural enfrenta em seu cotidiano algumas dificuldades, como por exemplo, extabelecer uma gestão administrativa inteligente(5 ), que facilite o forum de negociações num ambiente que facilite interligações com novas demandas sociais e empresariais.

Tal processo é possível quando se cria espaços de intercâmbio entre as ações de extensão rural promovidas por Instituições do Governo, Organizações não Governamentais - ONGs e empresas.

Esses intercâmbios valorizam o trabalho coletivo, com o qual obtém-se resultados participativos para a cidadania.

Para Burlamaqui (1995), a decorrência de laços estáveis de reciprocidade, de confiança, envolvendo atores, é provavelmente, um sentimento de rebaixamento de custos de transação.

Segundo Fukuyama (1996), antes de criarem riqueza, os seres humanos têm de aprender a trabalhar em conjunto.

TRILHA TRABALHO 

 POEMA

É natural que, ao se iniciar um trabalho em equipe, as observações, críticas, dúvidas e sugestões percorram o repertório do Consultor de Negócios Rural. Entender as regras do mercado competitivo, sua simultaneidade nas operações de decisão, que mobilizam fornecedores/produtos, processos de estocagem/transportes e a identificação dos clientes/consumidores na articulação dos investimentos em todos os segmentos do esforço produtivo, requer um Consultor de Negócios Rural com uma visão empresarial. 

 

5 "A inteligência humana, somente ela é capaz de transformar problemas em solução - não saber utilizá-la é, no mínimo, insensato e improdutivo". Botelho. 1991. Pp. 9-10.

 


Para atender a uma demanda cada vez maior por resultados em patamares competitivos, o Consultor de Negócios Rural, no seu dia-a-dia de sobreviência empresarial necessita contextualizar suas práticas e conhecimentos no firme propósito de interagir com novos ambientes organizacionais, muitas vezes já em construção em seu posto de trabalho no campo.

De acordo com Best (1990, a firma empreendedora é totalmente organizada objetivando contínuos melhoramentos em métodos, produoção e processos na integração do pensar e fazer.

Esta herança de portencialidades que o Consultor de Negócios Rural irá trabalhar se traduz de forma conflitante, freqüentemente solúvel, entre o propósito e a frustração relacionados ao compromisso de assumir a transitoriedade da profissão de extensionista rural.

A gênese de uma mentalidade empresarial já está presente com o Consultor de Negócios Rural - reside no aprofundamento da capacidade de decidir sobre as questões de extensão rural partindo da interdisciplinaridade das ciências.(6 )

Estas manifestações e aspirações contraditórias são geradoras de estímulos e motivações para o próprio Consultor de Negócios Rural obter o perfil básico do analista de negócios rural que será constituído pela fusão dos conhecimentos das fases(7 ) de transição e designação do novo papel junto à área de extensão rural.

Neste sentido, cresce em importância a necessidade de conscientização dos profissionais de extensão rural, em relação às suas perspectivas futuras de desdobramento da carreira. O Treinamento e Desenvolvimento se constitui numa das condições fundamentais para prover a participação ativa dos profissionais de extensão rural na arquitetura de uma nova carreira como Consultores de Negócios Rural. Em sentido restrito, Motta (1991) enfatiza que os indivíduos e a coletividade, dentro de seus parâmetros, podem influenciar na agregação mais acentuada dos interesses e aspirações e na maneira de participar de um contexto democrático de construção do novo cenário.

É fácil perceber que o extensionista rural ao participar de um treinamento gerencial rural - TRIGERural - deverá vencer as dificuldades em administrar o tempo para estudar, contornar obstáculos e resistências pessoais sobre os conteúdos a serem estudados, e as posíveis críticas de outros colegas que não participam do TRIGERural.

6. "Devemos agora perguntar como podem surgir tais mudanças, examinando em primeiro lugar descobertas (ou novidades relativas a fatos), para então estudar as invenções (novidades concernentes à teoria) "Kuhn. 1997. P.78

7. O termo "fases de transição"e "designação" define dois níveis na construção da carreira, na qual estão incorporados os aspectos de limitações técnicas e jurídicas na mudança de titulação das carreiras. Dutra. 1996.pp.71-100.

 


Não é fácil, entretanto, e nem seria de se esperar facilidades no cumprimento desta meta. Embora exista uma grande resistência por parte de vários extensionistas rurais em participar do TRIGERrural , esta resistência cria, em determinado momento, o embate de forças restritivas e propulsoras para o aumento do nível de capacitação (treinamento e desenvolvimento) dos extensionistas rurais e torná-los prováveis Consultores de Negócio Rural.

Os extensionistas rurais se defrontam, a cada momento de sua história produtiva, com uma diversidade de dificuldades burocráticas, técnicas, tecnológicas e informacionais que enfatizam, cada vez mais, a ruptura do paradigma tradicional da produção rural.

Para atender a esta mudança de paradigma, o extensionista rural há que investir em atividades estritamente ligadas à qualificação, aperfeiçoamento e especialização dos profissionais que lidam com o negócio rural.

O despreparo e a falta de informação sobre o que é o negócio rural, numa nova concepção de produtividade conduz, muitas vezes, à um beco sem saída, principalmente quando a decisão altera os meios de produção e de comercialização do excedente.

O momento exige que sejam efetuados investimentos no treinamento para o extensionista rural como forma de prepará-lo para os múltiplos raciocínios da modernização do campo , na qual a diversidade de obstáculos dimensiona um conjunto de questionamentos e respostas, que deverá ser analisado, a respeito do papel que o Consultor de Negócios Rural irá exercer frente a soluções criativas e inovadoras.

O grande desafio que se apresenta ao Consultor de Negócios Rural é o aprendizado de tomar decisões sobre questões de extensão rural com base na interdisciplinaridade da cultura, ciência e tecnologia aplicada ao campo.

Neste momento a postura pró-ativa de gerar um treinamento para extensionistas rurais reflete uma estratégia de incorporar o exercício da decisão, negociada entre parceiros profissionais da área rural, revendo padrões de decisões, índices de desempenho mais valorizados, relações pessoais e empresariais para as premissas de negócio rural.

Muitos autores da Teoria Comportamental da Administração, entre eles Tersine (1973) apresentam a decisão como um processo de escolha, entre várias alternativas disponíveis em um curso de ação que o profissional deverá seguir.

TRILHA ADMINISTRAÇÃO

Chiavenato (1988) explica que o curso da ação deve compor uma racionalidade para que haja a escolha dos meios (estratégia) mais adequados, visando o alcance de determinados fins (bjetivo), no sentido de obter melhores resultados. O problema da decisão, para Simon (1963), é que os profissionais envolvidos no processo de decisão nunca têm, de uma maneira consciente, uma idéia completa desta hierarquia de objetivos para a construção de uma decisão, sendo muitas vezes a elaboração da hierarquia de objetivos formulada de maneira obscura, contraditória e sem critérios.

O processo da decisão ou processo decisorial, tem, também, o ponto focal de abordagem quantitativa, isto é, da Teoria Matemática que constitui o campo de estudo da Teoria da Decisão, abordada por Hamptom (1977), na qual as decisões - sejam programadas ou não programadas - sempre serão submetidas à tecnicas de tomada de decisões que podem ser tradicionais ou modernas.

 

 

TRILHA LIÇOES

Uma das estratégias de preparação do TREIGERrural foi a do planejamento do ensino descrito por Mager (1976), cuja principal justificativa é a efetiva ajuda ao indivíduo para que o mesmo aprenda algo de forma mais aprimorada do que o faria por si mesmo.

 A outra estratégia foi desenvolver um jogo instrucional para o extensionista rural, no qual a sistematização dos conteúdos didáticos do processo de decisão fossem adaptados às situações-problema da área de extensão rural.

A lógica do jogo instrucional é, evidentemente, promover relações formais e informais entre os profissionais da área de extensão rural no trato de situações-problema, que sirvam para representar simplificações da realidade rural.

As forças restritivas e propulsoras caracterizam as interconexões que os módulos educacionais do TREIGERural deverão apresentar em seu conteúdo, nos quais as opiniões propiciam maior reflexão sobre os problemas tratados durante o período de treinamento.

A ênfase, no TREIGERural está no enriquecimento do processo decisório dos profissionais de extensão rural e no aprofundamento das questões relativas à gestão de negócios rurais.

Segundo Lodi (1970), o trabalho da administração de negócios é o de compatibilizar os objetivos conflitantes que devam ser reexaminados e reformulados em benefício de melhores resultados.

O sucesso do TREIGERural reflete diretamente em resultados que, na maioria das vezes, viabilizam a escolha de alternativas de gestão a serem incorporadas no processo de trato com os negócios da área rural.

Na escolha de alternativas, Simon (1965), comenta que a decisão entre as alternativas mais ou menos racionais da gestão de negócios recai na confiabilidade das informações empenhadas junto à dinâmica de negociação.

Diante dessa dinâmica de negociação, o extensionista rural precisa prever as possíveis conseqüências em virtude da falta de alguma habilidade administrativa durante o processo de trabalho no campo.

O despertar da área rural para os aspectos gerenciais, segundo Reis (1977) gera uma massa crítica de alternativas, de curto, médio e longo prazos, que devem ser priorizadas, analisadas e solucionadas.

Assim, o TRIGERural se constitui numa ferramente gerencial que o extensionista rural pode e deve usar o planejamento de suas atividades de Consultoria de Negócios Rural.

A interação dos extensionistas rurais neste jogo instrucional permite identificar seus limites e prerrogativas de incorporar novos conceitos e rever suas práticas decisórias frente à situações-problema da área de extensão rural.

Diante de tais aspectos, dois questionamentos podem ser associados: aqueles relativos aos conceitos, cuja abstração ajudará o extensionista rural compreender a importância e o uso do processo decisorial e, aqueles relativos ao caráter lúdico da forma de apresentar os conteúdos educativos durante o TREIGERural.

Para se compreender a natureza do jogo, Huizinga (1951), aponta as características relacionadas aos aspectos sociais, ao prazer demonstrado pelos jogadores e o caráter fictício ou representativo do cotidiano.

Alain (1957) dá ênfase ao emprego do jogo como estímulo à exploração e busca de respostas e não como constrangimento quando se erra.

Na medida em que as convenções da regra do jogo instrucional estiverem consolidades junto ao extensionista rural, ele passará a aprender a redimensionar seus objetivos e resultados para alcançar a eficiência, através do exercício de jogar. Durante os exercícios de tomada de decisão se constata, junto aos extensionistas rurais, a "zona de desenvolvimento proximal" elaborada por Vygotsky (1965): trata-se de uma zona de potencialidades na qual a pessoa consegue chegar, quando resolve um determinado problema com a ajuda de outra pessoa - o mediador do jogo instrucional.

Se o ser humano está sempre voltado para o processo de aprender e questionar a sua realidade, quanto mais consciente e crítico, mais presente e constante será o seu processo de decisão sobre as questões de extensão rural.

A eficiência no trato do processo de decisão, segundo Chiavenato (1993), está na relação de aplicar com racionalidade os recursos disponíveis. Esta racionalidade, eficiente para o extensionista rural, pode ser exercitada através do jogo instrucional.

A partir deste breve ensaio sobre a importância do TREIGERural para extensionistas rurais, pode se tornar possível elaborar um jogo instrucional de tomada de decisões que atenda à capacitação dos Consultores de Negócio Rural face às novas demandas do mercado rural.

 

ANTUNES, Luciano Medici., Manual de Administração Rural: custos de produção.

Guaíba: Agropecuária, 1994.