RESUMO: A ASSIMILAÇÃO DA INFORMÁTICA PELA ESCOLA (PAULO GILENO CYSNEIROS) Mestrado IM/NCE - Informática e Educação (abril/2002) Professor: Fabio Ferrentini Sampaio Alunos: Carlos
Roberto França e Ilan Chamovitz O texto
relata os problemas enfrentado pela maioria das escolas públicas para informatizar-se. Segundo o autor , há
um descontentamento pela falta de equipamentos básicos em algumas
escolas, em contraste com uma minoria que possuem boas instalações físicas e recebem atenção
especial da secretaria de educação .São escolas vitrines para serem
mostradas para ilustres visitantes. Um
sentimento comum de que é preciso resolver
primeiro os problemas básicos
para depois cuidar da
informatização. Dois dos maiores
projetos do governo
federal envolvem tecnologias da
informação : Vídeo com antena parabólica em todas as escolas, onde já foram
investidos grandes recursos , e um programa ainda mais caro de informática na
Educação (Mec/Seed-1996). Em uma
década de pesquisa em escolas da rede pública, o autor relata por exemplo,
que em uma escola do Recife , os alunos com três horas de atividade por
semana com computadores(Alunos ativos em um grupo pequeno e ambiente
confortável) podem ter qualitativamente muito mais impacto do que períodos de
tempo maiores em situação precária de sala de aula comum. Em
relação aos professores, também verificou-se que atividades exploratórias com
computadores, algo diferente do trabalho de sala de aula comum, podem apontar alternativa inovadoras .(
Pesquisa feita com professores de Português,História e Matemática). Na
história da inovação tecnológica, são comuns os programas tipo exercício e
prática, onde estudante assume a uma atitude submissa frente a máquina, tendo apenas que
fornecer respostas simples. As inovações tecnológicas em educação tem sido
consideradas como de substituição, através de projetos originados fora da escola.
O rádio e o filme(década de 1920) e a TV ( década de 1960), minimizavam a
figura do professor e a organização social da escola. Não se levava em conta
a heterogeneidade cultural de regiões e comunidade diferentes. Alguns entusiasmados defensores da Informática
Educativa parecem esquecer que Educação será sempre o substantivo e
informática apenas um dos seus adjetivos, tornando-se transparente, um
elemento de fundo, que não parece muito quando funciona bem. É
importante sublinhar que as expectativas e teorias feitas no primeiro mundo ,
embora nos ensinem algumas lições,nem sempre são bons guias para a situação
de nossa escola pública, com necessidades,
história, características culturais, econômicas e sociais bem
diversas.É bem possível que as novas TI ainda venham a ter maior impacto nas
nossas escolas públicas do que o ocorrido nos países ricos onde o acesso da
população à educação e às tecnologias tem sido bem mais generalizado. Em que
pese aos exageros das comparações da mídia
dos computadores como máquinas “pensantes”, com inteligência
artificial. Nos faz voltar no tempo, na era inicial do cinema em que as
platéias tinham medo dos filmes de trens que se aproximavam . -Com o passar do tempo os mitos vão se desfazendo e
as perspectivas e horizontes se consolidando. – A
existência de uma cultura de informática numa escola significa, em linhas
gerais a utilização freqüente dos recursos informáticos por uma parcela
significativa das pessoas que compõem os vários grupos da escola e do sistema
escolar, idealmente interagindo com a comunidade fora da escola.É essencial a
formação e o desenvolvimento de culturas específicas de uso, que o autor
chama de (MCC). Cada MCC pode ser formada por professores de áreas
específicas que possuem formação e problemas pedagógicos comuns; Estratégias
compartilhadas de avaliação e de avaliação e de solução de problemas,
socialização entre pares e histórias de vida semelhantes. O
conhecimento sobre preparação de pessoal e sobre o uso de novas TI na
educação ainda é algo relativamente recente em nosso meio( de certo modo em
todo o mundo ),estando acumulado nas teses e nas publicações de pesquisadores
universitários;os cursos de formação ainda encontram-se numa situação
experimental ,os alunos sofrem as deficiências da falta de estruturas de
software de literatura didática.Uma deformação comum comum tecnocentrista, é
a ênfase em disciplinas de cursos de informática(fora do contexto para qual
foram pensadas) , que certamente terão pouca ou nenhuma utilidade para
professores ou mesmo especialistas na área , que o autor chama de Educadores
de apoio em Informática. O autor
termina sua explanação dizendo que os professores precisam manter sua
identidade com o ensino de uma disciplina do currículo a crianças e
adolescentes, da qual não deveriam se afastar, salvo exceções, apesar das
novas funções. |